Apresentação

A Articulação pela Economia de Francisco e Clara (ABEFC)  teve seu início a partir do chamado do Papa Francisco, feito em maio de 2019, convocando jovens empreendedores, economistas e transformadores sociais do mundo todo para um “compromisso no espírito de São Francisco, a fim de tornar a economia de hoje e de amanhã justa, sustentável e inclusiva, sem deixar ninguém para trás”. A convocação dos jovens é para o encontro Economia de Francisco que, devido à pandemia, acontecerá de forma totalmente online nos dias 19, 20 e 21 de novembro de 2020.

 

As ações da ABEFC, seguindo o proposto pelo Papa Francisco, seguirão para além do evento marcado para novembro. Composta por pessoas que se dedicam a pensar e agir em prol de uma nova economia, visando a mudança do paradigma capitalista predatório, suas articulações estão voltadas para a conscientização e a construção de uma sociedade mais justa e solidária.

 

Jovens, sêniores e movimentos sociais somados formam a ABEFC:

Papel da ABEFC

Foi a partir da Carta de Francisco e Clara que a Articulação Brasileira  pela Economia de Francisco também passou a abranger Santa Clara de Assis, sendo desde então chamada de Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara (ABEFC). Essa mudança diz respeito a nossa proposta de uma economia baseada no feminino, na acolhida, no cuidado e no afeto. Trata-se também de dizer que masculino e feminino caminham junt@s, sem sobreposição de um a outro.

 

A partir da Carta de Clara e Francisco podemos extrair que o papel da ABEFC consiste em iniciativas que se baseiam nos pontos fundamentais para uma nova economia, a saber:

 

1 – Desenvolver ações que permitam uma economia ao serviço da vida;

2 – Por uma economia que leve em conta a espiritualidade como uma dimensão do Ser,  favorecendo a inter-religiosidade e os valores do afeto e da solidariedade;

3 – De cuidado com a casa comum: eliminando hábitos que causam o aquecimento global, o desmatamento, a poluição; propondo novas formas de energia, limpas e comunitárias, de indústrias ecológicas e sustentáveis, baseadas na economia circular e integrada;

4 – Propagar o conceito do Bem-Viver protegendo os Direitos da Natureza, fortalecendo a agroecologia, as ecovilas, a alimentação saudável e a agricultura familiar;

5 – Lutar pela educação e saúde enxergando-os como bens comuns e não mercadorias;

6 – Apoio ao desenvolvimento de novas economias: solidária, popular, criativa, circular, ecológica, de comunhão;

7 – Pensar um mundo menos desigual com a rediscussão do sistema de dívida internacional e uma tributação mais social e ecológica;

8 – Nossa articulação reforça o papel do Estado como estrutura para promoção do equilíbrio entre igualdade e liberdade por meio de ações concretas e de políticas públicas como: reforma tributária, renda básica cidadã, orçamento participativo, criação de bancos comunitários e moedas virtuais, segurança alimentar, pontos de cultura, os agentes jovens da comunidade, entre outros;

9 – Valorizar os coletivos de artistas, de jovens, de mulheres, de negras e negros, dos lgbt. As redes dos povos quilombolas, dos povos indígenas, das comunidades tradicionais.

10 – Ser contra a precarização do trabalho, criando condições dignas para se trabalhar, além de trabalho para todos.pontos

“A Economia de Francisco e Clara chega para ficar e começa fazendo o necessário; depois, o que é possível; até que estaremos fazendo o impossível. Como São Francisco de Assis, pretendemos fazer o impossível a partir das coisas simples”, trecho extraído da carta.