Foi a partir da Carta de Francisco e Clara que a Articulação Brasileira pela Economia de Francisco também passou a abranger Santa Clara de Assis, sendo desde então chamada de Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara (ABEFC). Essa mudança diz respeito a nossa proposta de uma economia baseada no feminino, na acolhida, no cuidado e no afeto. Trata-se também de dizer que masculino e feminino caminham junt@s, sem sobreposição de um a outro.
A partir da Carta de Clara e Francisco podemos extrair que o papel da ABEFC consiste em iniciativas que se baseiam nos pontos fundamentais para uma nova economia, a saber:
1 – Desenvolver ações que permitam uma economia ao serviço da vida;
2 – Por uma economia que leve em conta a espiritualidade como uma dimensão do Ser, favorecendo a inter-religiosidade e os valores do afeto e da solidariedade;
3 – De cuidado com a casa comum: eliminando hábitos que causam o aquecimento global, o desmatamento, a poluição; propondo novas formas de energia, limpas e comunitárias, de indústrias ecológicas e sustentáveis, baseadas na economia circular e integrada;
4 – Propagar o conceito do Bem-Viver protegendo os Direitos da Natureza, fortalecendo a agroecologia, as ecovilas, a alimentação saudável e a agricultura familiar;
5 – Lutar pela educação e saúde enxergando-os como bens comuns e não mercadorias;
6 – Apoio ao desenvolvimento de novas economias: solidária, popular, criativa, circular, ecológica, de comunhão;
7 – Pensar um mundo menos desigual com a rediscussão do sistema de dívida internacional e uma tributação mais social e ecológica;
8 – Nossa articulação reforça o papel do Estado como estrutura para promoção do equilíbrio entre igualdade e liberdade por meio de ações concretas e de políticas públicas como: reforma tributária, renda básica cidadã, orçamento participativo, criação de bancos comunitários e moedas virtuais, segurança alimentar, pontos de cultura, os agentes jovens da comunidade, entre outros;
9 – Valorizar os coletivos de artistas, de jovens, de mulheres, de negras e negros, dos lgbt. As redes dos povos quilombolas, dos povos indígenas, das comunidades tradicionais.
10 – Ser contra a precarização do trabalho, criando condições dignas para se trabalhar, além de trabalho para todos.pontos